domingo, 5 de maio de 2013

Carta aberta do Movimento Contra o Aumento da Passagem e Pela Mobilidade Urbana



Na terça-feira, dia 30 de abril, um dia antes do dia do trabalhador, o MCAP (Movimento Contra o Aumento da Passagem) foi até à Câmara dos vereadores cobrar deles promessas feitas no dia 19 de março, quando o movimento interrompeu a sessão e depois foi ouvido pelo grupo.  Naquele dia, as principais reivindicações dos manifestantes foram a interferência da Câmara para que o prefeito baixasse a passagem e que convocassem uma audiência pública para que “ a caixa preta” do transporte público fosse aberta e discutida por vários setores de Teresópolis.  Em contrapartida, disseram que baixar a tarifa era ato do executivo e só o prefeito poderia fazer isso. Falaram também da criação de uma comissão de transporte na Câmara para tentar regularizar a questão de transporte na cidade e que uma audiência pública seria chamada.

Os vereadores pediram 30 dias para dar uma resposta ao Movimento, ou seja, dia 19 de abril seria a data final. De lá para cá, houve outra manifestação no dia 16 de abril e, só após isso, eles disseram nos jornais que a comissão já havia sido criada. Mas, no dia 30 de abril, alguns vereadores (Sérgio Pimentel – PRP, Luciano Ferreira – PSL, Da Ponte – PSDB, Dedé da Barra – PTN), encontrados ao final da sessão, foram questionados sobre quem participaria dessa comissão e, para a surpresa do grupo, ainda não tinham escolhido esses representantes e que, só depois dessa escolha, a audiência pública poderia ser chamada. Ainda não há data! O grupo lembrou ao vereador Sergio Pimentel (PRP) de que há um estudo de Mobilidade Urbana feito pela Coppetec que poderia ser utilizado como base para a argumentação contra o aumento da passagem nas negociações com a Dedo de Deus.

O Movimento também questionou sobre uma atuação mais próxima dos vereadores de seus eleitores, incentivando-os a lutarem por direitos fundamentais (saúde, educação, segurança, transporte público). Foi reconhecido por eles que a cidade passa por muitos problemas (até de iluminação pública, que é cobrada pela prefeitura!) e que, em tão pouco tempo, ainda não puderam fazer muita coisa em seu primeiro mandato. Mas quando poderão?

 Vereadores, a população não pode mais esperar! Estão pagando uma passagem cara por um serviço mal prestado, principalmente aqueles que moram no interior, cujas linhas de ônibus são escassas em alguns horários de 2ª a 6ª e nos fins de semana. Muitos trabalhadores pegam ônibus intermunicipais que custam, no mínimo, R$ 5,00, além daqueles dentro da cidade, de R$ 2,90. E muito recentemente, alunos do interior foram deixados covardemente nos pontos de ônibus e impedidos de estudar, por problemas no Riocard. Lembrem-se de que os senhores também receberam votos do interior e que devem, por obrigação, honrar cada voto recebido desses moradores, tão esquecidos pelo poder público.  

O Movimento destaca a mobilização popular como um dos meios que os trabalhadores e estudantes têm de lutar contra a opressão do governo. Por isso, um novo ato público já foi marcado. Será no dia 21 de maio, às 18h, na praça Olímpica, rumo à Câmara.

Não se pode esquecer de que “só a união faz a força”, por isso é importante que a população compareça em massa a mais essa manifestação! Devemos lembrar que, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, estudantes e trabalhadores conseguiram baixar o valor da passagem. Se puderam lá, nós também podemos aqui!

SÓ A LUTA MUDA A VIDA! 



 
 

2º Caminhada - Ato Contra o Aumento da Passagem e pela Mobilidade Urbana Dia 21 de maio, às 18h, na praça Olímpica, rumo à Câmara.

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Movimento Contra o Aumento da Passagem e Pela Mobilidade Urbana

sexta-feira, 5 de abril de 2013

CAMINHADA-ATO CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM.[16.04]

 CAMINHADA-ATO CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM.

DIA 16/04, TERÇA-FEIRA, 10H, CONCENTRAÇÃO CASA DE SAÚDE N. Sa. DE FÁTIMA, NA RETA.
 
 
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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Contra a exploração, protestar é a solução!

             Após assumir o governo no início de 2013, o prefeito Arlei Rosa (PMDB) tem tomado decisões que vão de encontro ao que prega o seu slogan que é governar “com o coração”. Uma das piores foi aumentar as tarifas de ônibus em 16%, acima da inflação, que começou a vigorar a partir de 18 de janeiro. Por esse motivo, manifestações vêm tomando corpo pela cidade.
            No dia 24 de janeiro, um grupo de manifestantes protestou em frente à Câmara municipal contra essa arbitrariedade do prefeito. Nessa data, o grupo conseguiu apenas a promessa de três vereadores, que solicitariam à empresa Dedo de Deus a retirada da identificação biométrica. Sobre o aumento, os três afirmaram que é uma ação do executivo (prefeito) e que eles não poderiam intervir. Falaram, também, da possibilidade de se chamar uma audiência pública para tratar do transporte na cidade. Conclusão: a empresa não retirou a identificação biométrica por completo e não foi chamada a audiência pública.
Cansados de esperar, no dia 19 de março, nós do MCAP – Movimento Contra o Aumento da Passagem, formado por alguns dos primeiros manifestantes do dia 24, voltamos à Câmara para um novo protesto que aconteceu reunindo trabalhadores, estudantes, representantes de sindicatos, militantes de partidos de esquerda e artistas. Com cartazes, narizes de palhaço e, até, com poema, cobramos ações mais energéticas do legislativo perante o aumento abusivo da tarifa de ônibus na cidade, dado durante o recesso da Câmara. Além disso, na nossa pauta de reivindicações, estava a criação de uma audiência pública para que sejam expostas todas as questões que envolvem a concessão do transporte público às empresas de ônibus da cidade, que não é regularizada. Nessa audiência, queremos também a presença do Ministério Público, dos sindicatos, das associações de moradores e dos técnicos da Coppetec – UFRJ, que, durante o estudo sobre a mobilidade urbana da cidade, apontaram uma tarifa que poderia custar R$ 1,97, contrapondo-se aos dados apresentados pelas empresas para o reajuste abusivo.
            Para piorar a situação da população, estudantes dos Colégios Estaduais de Teresópolis tiveram o número de passagens reduzido, dificultando as atividades extra-escolares, como sua locomoção aos estágios. Além disso, essa medida forçará que muitos paguem a passagem de R$2,90 (somente no perímetro urbano!), aumentando, ainda mais, o lucro das empresas de ônibus.
            A população já não aguenta mais tantas perdas e omissões dos governos que por aqui passaram! Por isso, não queremos o “amor” deles, mas uma administração competente, que melhore as condições de vida daqueles que vivem na cidade e trabalham para construí-la! 

            Para além do que foi dito acima, o MCAP defende: 

·        Redução imediata da passagem para R$1,97, segundo o estudo técnico da Coppetec;

·        Fim da concessão “vitalícia” e dos segredos contratuais públicos;

·        Municipalização do transporte público com controle da gestão por técnicos da área, usuários e trabalhadores do transporte público (motoristas e cobradores); 

·        Audiência Pública para o transporte público, com a presença do MP, dos movimentos sociais, sindicatos, associações de moradores e técnicos da área.

·        Aumento e renovação da frota, maior frequência nas linhas da zona rural e da periferia urbana;

·        Passe livre para os estudantes para que tenham, também, acesso ao lazer, à cultura e à profissionalização; 

·        Integração imediata de linhas urbanas e rurais com tempos de até uma hora para realizar transbordo e três destinos diferentes, pagando só uma passagem;

·        Aceitação do estudo de Mobilidade Urbana da Coppetec pelo governo.