Na terça-feira, dia 30 de
abril, um dia antes do dia do trabalhador, o MCAP (Movimento Contra o Aumento
da Passagem) foi até à Câmara dos vereadores cobrar deles promessas feitas no
dia 19 de março, quando o movimento interrompeu a sessão e depois foi ouvido
pelo grupo. Naquele dia, as principais
reivindicações dos manifestantes foram a interferência da Câmara para que o
prefeito baixasse a passagem e que convocassem uma audiência pública para que “
a caixa preta” do transporte público fosse aberta e discutida por vários
setores de Teresópolis. Em
contrapartida, disseram que baixar a tarifa era ato do executivo e só o
prefeito poderia fazer isso. Falaram também da criação de uma comissão de
transporte na Câmara para tentar regularizar a questão de transporte na cidade
e que uma audiência pública seria chamada.
Os vereadores pediram 30
dias para dar uma resposta ao Movimento, ou seja, dia 19 de abril seria a data
final. De lá para cá, houve outra manifestação no dia 16 de abril e, só após
isso, eles disseram nos jornais que a comissão já havia sido criada. Mas, no
dia 30 de abril, alguns vereadores (Sérgio Pimentel – PRP, Luciano Ferreira –
PSL, Da Ponte – PSDB, Dedé da Barra – PTN), encontrados ao final da sessão, foram
questionados sobre quem participaria dessa comissão e, para a surpresa do grupo,
ainda não tinham escolhido esses representantes e que, só depois dessa escolha,
a audiência pública poderia ser chamada. Ainda não há data! O grupo lembrou ao
vereador Sergio Pimentel (PRP) de que há um estudo de Mobilidade Urbana feito
pela Coppetec que poderia ser utilizado como base para a argumentação contra o
aumento da passagem nas negociações com a Dedo de Deus.
O Movimento também
questionou sobre uma atuação mais próxima dos vereadores de seus eleitores, incentivando-os
a lutarem por direitos fundamentais (saúde, educação, segurança, transporte público).
Foi reconhecido por eles que a cidade passa por muitos problemas (até de
iluminação pública, que é cobrada pela prefeitura!) e que, em tão pouco tempo,
ainda não puderam fazer muita coisa em seu primeiro mandato. Mas quando
poderão?
Vereadores, a população não pode mais esperar!
Estão pagando uma passagem cara por um serviço mal prestado, principalmente
aqueles que moram no interior, cujas linhas de ônibus são escassas em alguns
horários de 2ª a 6ª e nos fins de semana. Muitos trabalhadores pegam ônibus
intermunicipais que custam, no mínimo, R$ 5,00, além daqueles dentro da cidade,
de R$ 2,90. E muito recentemente, alunos do interior foram deixados covardemente
nos pontos de ônibus e impedidos de estudar, por problemas no Riocard. Lembrem-se
de que os senhores também receberam votos do interior e que devem, por
obrigação, honrar cada voto recebido desses moradores, tão esquecidos pelo
poder público.
O Movimento destaca a
mobilização popular como um dos meios que os trabalhadores e estudantes têm de
lutar contra a opressão do governo. Por isso, um novo ato público já foi
marcado. Será no dia 21 de maio, às 18h, na praça Olímpica, rumo à Câmara.
Não se pode esquecer de que
“só a união faz a força”, por isso é importante que a população compareça em
massa a mais essa manifestação! Devemos lembrar que, em Porto Alegre, capital
do Rio Grande do Sul, estudantes e trabalhadores conseguiram baixar o valor da
passagem. Se puderam lá, nós também podemos aqui!
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!
2º Caminhada - Ato Contra o Aumento da Passagem e pela Mobilidade Urbana Dia 21 de maio, às 18h, na praça Olímpica, rumo à Câmara.
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